Publicidade e Propaganda

SOBRE A QUALIDADE

Written by Jorge Paulo

Apesar de muitas vezes negligenciada, Qualidade é uma característica essencial de marcas sólidas.

No livro clássico “Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas” (1974), de Robert Pirsig, a Qualidade é descrita como uma espécie de harmonia entre opostos: homem e máquina, sujeito e objeto, o clássico e o romântico, e, de maneira ainda mais profunda, “a origem e a essência de todas as coisas”. Quatro décadas depois, o conceito da obra não perdeu sua validade; o mundo, por sua vez, ganhou tantas camadas que se distancia cada vez mais desta verdade essencial.

Quem se importa com a Qualidade hoje, em que a história derrete no calor das discussões em rede, em que as fake news têm tanta relevância quanto o trabalho jornalístico sério, em que aventureiros em diversas áreas ganham o espaço de profissionais? Será que a Qualidade também se tornou líquida, segundo a definição do sociólogo Zygmunt Bauman, em que tudo está ficando imediatista, superficial, sem padrão de referência?

A discussão aqui é sobre Valores, no sentido de princípios, padrões. Muitos, no entanto, traduzem apressadamente a palavra como “Custos”, “Orçamento”. E o que deveria ser padrão de excelência passa a ser subjugado ao que o mercado, assombrado por uma crise permanente, determina.

 

Nós que valorizamos o conhecimento, que trabalha a comunicação do cliente com esmero, em um processo contínuo de aperfeiçoamento, não aceita as soluções fáceis que nascem da preguiça de pensar e utilizam argumentos econômicos para se justificar. Não toleramos cópias travestidas de novidades, clichês que se julgam descolados, textos mal escritos e falta de compromisso com as marcas. E esperamos que todos, clientes, fornecedores e parceiros, se pautem, sempre e acima de tudo, pela Qualidade.

No marketing e na publicidade, a princípio, todos dizem defender a Qualidade. Na prática, movidos pela urgência ou por uma economia imediatista, muitos aceitam trabalhos amadores e de padrão inferior, correndo o risco de, a médio prazo, puxar o seu próprio conceito também para baixo. Ao longo do tempo, será perceptível a diferença entre as marcas que mantiverem uma comunicação de alto nível e aquelas que oscilarem na frequência e na qualidade de sua divulgação. Marcas sólidas x marcas líquidas – quais vão ter a preferência do consumidor?

Somos a agência das empresas que acreditam nas marcas como um de seus maiores ativos. Por isso a alimentam com estratégias criativas, conceitos inovadores e design sedutor, formas certeiras de respeitar, encantar e conquistar o consumidor. Resumindo, não abrimos mão de trabalhar com o que é essencial na propaganda, nos negócios e na vida: Qualidade.

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Jorge Paulo